31 março 2006

poeminha


namorado é aquele faz você acreditar que sua bunda não tem celulite.
ele vai embora, você vai olhar.
elas estão todas ali, mas você finge que não vê,
e sai achando tudo lindo!

23 março 2006

4 vidas


há que saber sempre como segurar firme as rédeas da própria vida. saber não repetir os erros do passado. perceber quando o momento é decisivo pro futuro, pro bom andamento de alguma coisa. saber a hora em que é imprescindível dizer “não” quando o natural, a vida toda, foi dizer “sim” ou “talvez”. quando é hora das coisas serem diferentes, pra tudo seguir bem. ou tentar que seja assim. tomar as rédeas. ter consciência de que se está sendo sempre igual a 1 ou 2 ou 5 anos atrás pra fazer com que a evolução se faça.

no início apaixonado de um relacionamento, quando é tão fácil só curtir e fazer DE TUDO pra que a pessoa fique do lado. mas não é essa a idéia. e há sempre um momento em que se faz a escolha ou a separação: do que é problema “seu” e o que é problema “nosso”.

no início apaixonado de um outro relacionamento, quando a recomendação é só curtir, pra descansar dos jogos de cintura necessários e ainda tão recentes.

no início de um novo relacionamento antigo, quando a consciência da vida, com todos os seus pilares imprescindíveis, provoca mudanças positivas. a lente se abre e tudo é maior, como sempre prazeroso, e mais completo. porque a vida é assim: cheia.

na aceitação de um relacionamento que talvez nem exista, mas que deve ser respeitado e aproveitado. porque, afinal, há tantas coisas a mais com o que se preocupar!: família, trabalho, amigos...

há coisas a serem tratadas com filosofia oriental.

21 março 2006

arquivo morto


tenho uma memória que não precisava ter. lembro de coisas inúteis, como o telefone da manicure ou da copiadora ou da ginecologista. lembro que fui a um show da xuxa em 15 de outubro de 1988. lembro de datas absurdas, como a data em que fiquei com um menino há uns 11 anos atrás. lembro que meu último namoro começou e terminou com a mesma roupa. lembro de conversas inteiras no msn e fora dele. frase por frase. sou capaz de transcrever. como se interessasse pra alguém ouvir.

lembro e penso demais. frito o dia todo com um milhão de coisas. e na minha condição de geminiana que quer apreender tudo ao redor, minha memória traz algumas coisas de vez em quando que me fazem “atinar” para situações ocorridas há tempos. como outro dia em que me lembrei de uma marca de unha nas costas de um ex-namorado - que me encheu de chifres (odeio a palavra, mas...) - que eu deixei passar. não pedi maiores explicações, nem nada. era mais nobre cegar.

e olha que era daquelas unhas cravadinhas, sabe? sem arranhão. só a unha cravada. como assim minha memória me prega uma peça dessas num sábado de manhã enquanto eu assisto pela 56ª vez a “um sonho de liberdade”?

não dava pra ter uns neurônios a menos, não?

20 março 2006

rainha de copas


tem gente que nasceu para ser princesa e tem gente que não.
sem ser plebéia, tem gente que está para rainha.

tem gente que está para lady di,
embora tenha gente que está para "queen" elizabeth:
soberana, apaixonada, poderosa, devassa.

(por priscilla)

15 março 2006

soundtrack


"still a little bit of your song in my ear
still a little bit of your words I long to hear
sou step a little closer to me
so close that I can't see what's going on

stones tought me to fly
love, it tought me to lie
life tought me to die
so it's not hard to fall
when you float like a cannon..
stones tought me to fly
love tought me to cry
so come on courage!
teach me to be shy
'cause it's not hard to fall
and I don't wanna scare her
it's not hard to fall
and I don't wanna lose
it's not hard to grow
when you know that you just don't know"

trilha de tardes suspirantes...

14 março 2006

novo março


a trilha do filme “o fabuloso destino de amelie poulain” é uma das coisas mais bonitas que eu já ouvi. e desperta em mim sentimentos lindos e esperançosos de uma época em que a vida se bastava num amor. coisa de contos de fadas, de príncipes encantados. coisa de livro mesmo ou de história de disquinho de infância. e é quase estranho que tudo isso não venha ligado a fatos ou pessoas. só uma sensação. de que já vivi numa época que mais parecia sonho. que acho que nem quero de volta.

hoje gosto da mão pesada e das contas a pagar.

09 março 2006

recomendo! recomendo! recomendo!


http:\\pimentabiquinho.blogspot.com

blog da carol! impressionante como ela consegue colocar textos e transformá-los juntos numa coisa só, dando unidade a um tema, um assunto. enfim, é pra ler e ler e ler...

sobre o dia 8


confesso que ontem tentei escrever algo pra postar. pra comemorar de certa forma o dia internacional da mulher. queria ter recebido flores... essas coisas de mulher romântica (hihihi), mas ainda não foi nesse ano. enfim, acabei não escrevendo nada, mas hoje, li um texto que queria ter postado ontem. porque, afinal, para nós nada melhor que eles!

"é um grande erro esse negócio de "dia internacional da mulher". mal liguei o computador hoje, e recebi a enxurrada costumeira de poesias e bobagens sobre o tema. nenhuma mulher cabe num dia. nem numa semana. mulheres são lunares. circulares. quando você pensa que entendeu a cabeça delas, está redondamente enganado, seduzido pelo rabo.
se é que vocês me entendem, sem malícia. e com malícia.
não há dúvidas. elas foram injustiçadas durante séculos de ignorância. especialmente pelas igrejas em geral. tratadas como demônios, que na verdade são. mas deram a volta por cima. partiram para o mundo dos negócios e demonstraram sua força localizada num eixo muito além da debilidade e infantilidade do pinto murcho dos machos.
depois desse furacão revolucionário feminino dos últimos 30-40 anos, que dizimou grande parte dos já poucos homens-realmente-homens, como elas mesmas gostam de dizer, agora querem nos salvar da extinção. talvez seja tarde demais, meninas. mas como verdadeiros micos-leão-dourado que somos, aguardamos resignados pelo vosso socorro.
e se elas me permitirem fazer um pedido, ainda de homem que ama as mulheres como mulheres, gostaria que a enfermeira que me prestasse os primeiros socorros fosse scarlet johanson, essa aí da foto, que está maltratando os corações em match point, recente e imperdível filme de mr. woody allen, nos melhores cinemas.
mulheres, permitam-me dizer aquelas velhas, desgastadas e sinceras palavras: eu amo vocês. no geral e também cada uma de vocês, no particular. o mundo é de vocês. feliz todo dia sempre. e se puderem, tenham compaixão de nós, últimos seres que insistem em ser homens sobre o planeta."
(por Marcelo Tas)

07 março 2006

diário vergonhoso


costumo tentar me enganar. só uns truquezinhos. umas brincadeirinhas... pra não ficar muito doida. e sou tão sem vergonha que publico isso por aqui, assim como conto pras minhas amigas.

acorda, assiste à televisão. mas não quer aquele canal. vai pra sala porque a televisão dela só pega dois canais. sai de calcinha e sutiã, (ah... é seu último dia sozinha em casa e ela dormiu assim pra comemorar e se despedir) meio se arrastando porque ainda era cedo, domingo e nem tinha nada pra fazer. arruma um cafezinho e se escarrapacha no pufe pra comer. daí, lembra que seu celular ficou no quarto e se sente vitoriosa por não ter carregado ele com ela pra sala. como se se esquecer dele por 20 min significasse não estar ansiosa por uma ligação. às 10h30 da manhã? tolinha... boba como ela só.

sai pra correr, almoçar, tomar café (correr = sair sem bolsa = sair sem celular). voltar bolha pra casa. entra e se joga no sofá. só 5 min, só pra fingir pra si mesma que não quer dar uma conferidinha no telefone. vai até o quarto, tira o tênis. não resiste e olha a tela do seu “tamagochi” com a carinha vesga. de um lado – oi uni, de outro – menu. tudo bem. ela já esperava isso mesmo.

o pivô do meu domingo toca. só notícias boas. ela aperta o “reprodução” do controle e diz pra ela mesma que está ansiosa pra terminar o filme. sim. quer muito terminar o filme. mas ri um pouco mais de tudo.

(taí. esse é um post como meu diário de 13 anos. vou morrer de vergonha de ler depois de algum tempo)