07 março 2006

diário vergonhoso


costumo tentar me enganar. só uns truquezinhos. umas brincadeirinhas... pra não ficar muito doida. e sou tão sem vergonha que publico isso por aqui, assim como conto pras minhas amigas.

acorda, assiste à televisão. mas não quer aquele canal. vai pra sala porque a televisão dela só pega dois canais. sai de calcinha e sutiã, (ah... é seu último dia sozinha em casa e ela dormiu assim pra comemorar e se despedir) meio se arrastando porque ainda era cedo, domingo e nem tinha nada pra fazer. arruma um cafezinho e se escarrapacha no pufe pra comer. daí, lembra que seu celular ficou no quarto e se sente vitoriosa por não ter carregado ele com ela pra sala. como se se esquecer dele por 20 min significasse não estar ansiosa por uma ligação. às 10h30 da manhã? tolinha... boba como ela só.

sai pra correr, almoçar, tomar café (correr = sair sem bolsa = sair sem celular). voltar bolha pra casa. entra e se joga no sofá. só 5 min, só pra fingir pra si mesma que não quer dar uma conferidinha no telefone. vai até o quarto, tira o tênis. não resiste e olha a tela do seu “tamagochi” com a carinha vesga. de um lado – oi uni, de outro – menu. tudo bem. ela já esperava isso mesmo.

o pivô do meu domingo toca. só notícias boas. ela aperta o “reprodução” do controle e diz pra ela mesma que está ansiosa pra terminar o filme. sim. quer muito terminar o filme. mas ri um pouco mais de tudo.

(taí. esse é um post como meu diário de 13 anos. vou morrer de vergonha de ler depois de algum tempo)

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