atendendo a pedidos
um beijo pela minha serenidade.
quero o tormento dos ares inseguros.
loucura e sangue.
sem pressa e devagar pra não deixar estrago.
em doses, overdoses suportáveis
e prazerosas.
com o tempo da digestão.
quero a paz nascente da ameaça
e não do acordo.
a segurança do risco de um pé só.
um céu com pimenta.
(belo horizonte, 06 de julho de 2004)
8 comentários:
Distanciada do tempo,
porque até agora fizera parte dele inconstante,
a luz do dia brinda as palavras,
cálice inverso de cristal azul,
estático e passante.
Quando o sereno se dissipa,
agulham incertezas,
poesia e momento, a vida.
Não é o temperamento do meio,
ou do equilíbrio,
mas o tempero do ácido, picante,
que apetita.
saudade que dói
Que "anônimo" mais sem graça esse segundo!? Gostei muito mais do primeiro!!!
que sem graça são anônimos!
acho q deveriam assinar...
foi mal, mas é q fico curiosa...
hummm... gostei! meu poema preferido com tantos comentários!
aliás, q coisa linda esse primeiro, hein?! será q um dia ainda escrevo assim?
Querer o que já se tem..!?
Quantas vidas em uma só..!?
Quantas palavras, ainda, pra nascer..!?
O "primeiro" poema só existe porque o seu, Michele, existiu, "pedido", atendido... respondido.
Não vê como se beijam em versos distantes, as palavras?
Não vê como navegam ambos em ares azuis, concorridos?
É filho do seu, o primeiro, recém-nascido.
Quantos mais hão de surgir, neste céu de cristais e pimentas embebido?
gosto de sentir que a vida é maior,
que as palavras dizem tanto.
que as lágrimas são de emoção pela vida que exite e fim.
não de saudade.
Gosto de pensar que as palavras sentem, se beijam, se amam...
Cada uma propõe um dicionário próprio, inteiro,
de prazeres, invenções, peripécias.
Navimoventes as palavras...
ora o mais profundo, submerso, entranhado,
ora o mais livre, etéreo, inalcançável.
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