11 março 2007

evolução internacional das mulheres


me dei conta de que os homens definitivamente não estão preparados para as mulheres. obviamente, não falo das mulheres de sempre, com as reivindicações de sempre. mas daquelas que transcenderam os problemas matrimoniais e/ou de carência ou de falta de conversa. essas coisas que os homens tiram de letra há gerações, com seus silêncios e seus tempos “para que elas se acalmem”.

enquanto não cobramos presença nem carinho nem telefonemas nem flores nem gentilezas, entretanto, homens não sabem o que fazer com essas mulheres. porque não há o que fazer. já fizemos por eles... tão previsíveis e estagnados em modelos obsoletos.

as atitudes variam. alguns se desesperam em sua insegurança por não conseguirem perceber que só se trata de evolução a independência. até vejo esperança para estes, uma vez que é, ao menos, uma surpresa ou um comportamento diferencial.

mas os outros (ah! os outros) se viciaram em reclamações e nas conversas de botequim com os amigos, recheadas de generalizações. não os culpo, porém, é só algo transmitido através das gerações: mulheres querem príncipes encantados e nós, homens, estamos aqui no mundo para não sê-los.

e, de repente, aparece uma geração de mulheres que, incrivelmente, dispensa o príncipe? é mesmo de bagunçar os neurônios pouco utilizados dos machos.

3 comentários:

priscilla! & luiz! disse...
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Anônimo disse...

Tendo a ver com reservas falas faladas ou escritas acerca do "comportamento" de homens em relação à "evolução" das mulheres. De fato, em meio a uma civilização que impõe seu modo de ser e de viver (entre os quais o "machismo" e agora o "sexismo" entram nesse roll) deve ser questionada e, mais ainda, refutada! Todavia, as formas pelas quais a reprodução social do mundo se dá, ultrapassa em muito os redutos supracitados: ela cada vez mais penetra em poros da vida social nunca antes pensados. E uma das formas dessa penetração é a criação de circuitos econômicos de valorização do capital. Há a indústria para aqueles que se preocupam com o eu físico e/ou psicológico (academias, terapias, iogas - já passei por todos eles!)Um circuito que quero enfatizar, até mesmo para direcionar a prosa, podemos chamar de "Feminilidade". Basicamente, a "Feminilidade" se vale de direcionar o corpo de representações que foram sendo construídas ao longo da existência social das mulheres (sensibilidade, erotismo, parcimônia, entre outros) e torná-los meros signos que podem ser adquiridos pela via do consumo. Por exemplo, a indústria de cosméticos fatura bilhões de dólares deixando as mulheres mais "bonitas". Assim sendo, quanto mais dinheiro a mulher puder dispor para comprar os tais produtos milagrosos, mais bonita ficará. Ou seja, a beleza não só pode ser comprada, mas também vira signo de distinção social. Ainda mais se a mulher tiver um alto grau de "independência"!! Por outro lado, as índias (citarei aqui aquelas da etnia Wamori-atroari) valiam-se de vários instrumentos para ficarem belas para seus futuros parceiros. Utilizavam-se de cremes, essências, loções, perfumes, alimentos, etc. possuírem um cadinho a mais de atributos de beleza. Cabe aqui um detalhe: todos esses instrumentos podiam ser adquiridos livremente na natureza, que era de todos, ou melhor, de todas! Os ditos instrumentos não estavam mediados pela forma mercadoria e nem se inscreviam na produção e reprodução do poder simbólico da beleza enquanto mercadoria.
Termino essa pequena discussão fazendo mais uma provocação: será que a independência feminina não estaria, isso sim, penetrando preocupantemente numa rota de submissão e devoção a outras formas de dominação? Os homens já estão lá há muito tempo, sob diversas modalidades!

Anônimo disse...

- pri, eu postei no blog na michelle hoje! postei e ainda fiz uma provocação!
- hummmm.... lu, o que você escreveu? como assim provocou?
- callllma! eu só falei de como a "independência" feminina tem um viés perigoso diante da esfera da mercadoria. falei de representações que foram sendo construídas ao longo da existência das mulheres como sensibilidade e parcimônia...
- ... . . lu, o que é "parcimônia"???
- ah, tipo uma serenidade, uma sobriedade....
- ish... eu não tenho isso não ...
- pois é...
- :/