06 fevereiro 2006

prefácio


ansiedade é péssimo. faz a gente tentar ficar vivendo um passo a frente, sem olhar ou provar as delícias do presente. há que sempre cuidar para que ela não roube os momentos de espera, de passo lento, de plantio...

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e ela insiste em tentar achar os homens de sua vida. e se angustia se os sinais não são óbvios demais. se a sutileza, o cuidado, o cavalheirismo são as palavras de ordem por agora. e ela permanece brigando consigo mesma, para que consiga aproveitar o ritmo compassado da novidade, sem atropelar os acontecimentos. sem querer viver tudo de uma vez, em segundos.

conselhos: aproveite o braço mais apertado na cintura. o ritmo acertado, sincronizado da dança. as conversas ao pé do ouvido. os frios na barriga adolescentes (assim como a mão trêmula só de olhar). a relutância em olhar nos olhos. o aperto na mão que guia o compasso. as dedicatórias disfarçadas. os encontros marcados veladamente. os assuntos em comum. os sorrisos encantadores. e aguarde que tudo tenha seu tempo. e suspire, como sempre.

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