10 janeiro 2006

filhos pródigos


sair de casa. fácil! trabalho, estudo. tudo tirado de letra.

voltar pra casa é mais complicado. a mudança sofrida nem sempre é bem-vinda. e tem que ser? a falta de ritmo das conversas. precisar soltar um sorriso não amarelo enquanto rolam as piadas sobre sua roupa fashion. ou nem soltar nada – nem isso, nem som – ao ter de ouvir qualquer música: “ah, deixa a que estiver tocando...” ou quando não dá pra separar a carne desfiada da farofa. e tudo cheira a bicho morto.

voltar é ver tudo igual quando no outro mundo, tudo muda o tempo todo, o tempo inteiro. e ter que preservar o silêncio. afinal, não é mais o lar. as pessoas têm uma vida. e quem é o filho pródigo pra “botar banca”? resta lamentar em conjunto, na família de escolha... e fazer café com açúcar. só pra rebater!