nalgum lugar

03 maio 2011

outra de mim

Estou pensando em criar outro de mim.
Alguém para quem farei todas as coisas.
Que será a medida de mim.

Eu, cá como estou, não sirvo muito.
Me perco dentro das expectativas, dos desejos e das facilidades,
Embrulho-me assim, toda, com fita e brinde.

02 dezembro 2010

há vagas!

abrindo vaga para consultor de assuntos gerais da minha vida. 
cansei da função!

26 novembro 2010

kings

"Love is no big truth
Driven by our genes, we are simple selfish beings"

08 novembro 2010

um instante - ferreira gullar

Aqui me tenho
como não me conheço
          nem me quis
sem começo
nem fim
          aqui me tenho
          sem mim
nada lembro
nem sei
à luz presente
sou apenas um bicho
           transparente

03 setembro 2010

adorável doce mundo

seu ciclo de construção é também o de perdas.
mas ele é grande e há tempo
isso eu posso prometer.

a doçura é um dom. seu dom,
que há de trazer os bens a você. e os amores.

acalma o coração, coração
que o aprender não cessa,
nem a dor, nem a alegria.
dia a dia a dia

17 agosto 2010

a agente


Sou uma obcecada por conhecer coisas.

Aos 6 anos de idade, me lembro da aula em que aprendi as primeiras operações matemáticas. Meu encantamento era tamanho que me perguntava se eu era a única a reconhecer o quão sensacional era aprender aquilo. Eu tinha a consciência de que aquele momento era histórico, único e importante na minha tão breve vida. Mas a verdade é que quase toda coisa nova que conheço, entendo ou descubro me deixa assim. Feliz e plena!
 

Eu sei que dizer isso numa roda de boteco me faz parecer doida. Mas, tendo um blog, dá pra tentar explicar a minha visão, meu sentimento cada vez que uma coisa nova chega pra mim. Geminiana típica, louca por compreender tudo.
 

Acabar de ler um livro, ver um filme, ouvir música, encontrar um site interessante. São meus prazeres guardados delicadamente pra mim, minhas pequenas alegrias, singelas poesias nos meus dias.
 

Aprender a selecionar, compartilhar é outro desafio, pra outra hora.

15 agosto 2010

abraço

abraça-me de veludo
e ata-me sem escape.
desliza mãos, braços...
até que os dedos se unam.

ventre, tórax, cabeça ao peito
sim. repouso e pairo em toda paz, todo o desejo.
mistura de pele e sensações.
reflito e desisto. deixo-me no impasse.

13 julho 2010

solidão amiga

"Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga... Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga?"
(Rubem Alves)

04 junho 2010

o que é importante pra você?

li isso ontem e quis compartilhar por aqui
"teatro do precário"

29 maio 2010

o diretor

Eu quero tudo aos meus pés. E quero tudo. Com medo e aflição que tudo se acabe amanhã, depois ou já tenha evaporado e eu não percebido.
Quero todas as mulheres, todas as músicas, as horas, as drogas, todo o suor que eu puder. Me desespero de ver que não tenho mais vinte, nem trinta e que o futuro não está tão aí. Me esforço pra ser livre, sem pegas, solto dentro de um mundo de amarras que me parecem tão definitivas. E me perco porque o que quero é desabar e fingir conseguir voar para longe de qualquer piso firme.
Ajo como se tivesse todas as mulheres a minha porta e talvez elas estejam, mesmo que a certeza disso não seja importante para a ganância que tenho de viver tudo, antes que eu adoeça ou me encontre fraco demais para agarrar o que digo que quero.
Tudo que puder ter ou experimentar, antes que haja um porto.

18 maio 2010

breve reflexão

me aproprio das idéias
e escrevo as letras ou poesias
ou o que quer que sejam essas pequenas frases.
tento, desesperadamente, compreender o que são as águas.
entender o que me toca, o que me mexe
ou em que dança nos encontraremos.

06 maio 2010

t.p.m.

hormônio é coisa muito triste na vida de uma pessoa...

05 maio 2010

29 abril 2010

my men


1 … Setting Forth … Eddie Veder

2 …Retrato pra Iaiá …Los Hermanos [Marcelo Camelo/ Rodrigo Amarante]

3 … How to hang a Warhol …Little Joy [Rodrigo Amarante/ Fabrizio Moretti]

4 … Changes … David Bowie

5 …There is a Light that Never Goes out … The Smiths

6 … Romeo and Juliet … The Killers [cover Dire Straits]

7 … La Noyée … Yann Tiersen

8 … Far Behind … Eddie Vedder

9 … Mais tarde … Marcelo Camelo

10 … The Blower’s Daughter Damien Rice

11 ... Beatriz … Chico Buarque e Edu Lobo

12 ... Pra que Mentir Paulinho da Viola [Noel Rosa]

13 ... A Flor e o Espinho Paulinho Moska [Nelson Cavaquinho]

14 ... O Mundo É um Moinho Ney Matogrosso [Cartola]

15 ... Postcards from Italy Beirut [Zachary Condon]

16 abril 2010

citação


"Repito-lhe uma última vez, na esperança de que agora não se estrangule com sushis de trinta euros cada um, diga-se de passagem, e que exigem um pouco mais de delicadeza na ingestão: você não é sua irmã, podemos ser amigos. E até mesmo tudo que desejarmos."


"O que é preciso viver antes de morrer é uma chuva torrencial que se transforma em luz."

(Muriel Barbery, em A Elegância do Ouriço)

(depois comento)

14 abril 2010

complementos essenciais

Tem homem que é uma fofura. Rosto, corpinho, tudo no lugar. Tudo certinho quando de jeans, camiseta, havaiana (pra não dizer pelado). Mas aí, começam a entrar os complementos e tudo complica. Escolha do tênis, patuás, gírias, gosto musical, corte de cabelo.

E aí, vamos limpar tudo, raspar a cabeça e começar de novo?

03 julho 2009

foto no muro


priscilla que tirou a foto! e esse muro não existe mais...

é tanta sinceridade que chega a ser bonito!




e tem tudo a ver com isso aqui.

12 junho 2009

problemão

muitas vezes ouvi uma amiga dizer que ficar bêbada é foda porque instantaneamente ela ficava rica!

pois é. no meu caso o problema duplica: é só beber que fico rica e magra!

08 junho 2009

estação

teria que viver mais algumas vidas
alguns dias que teriam mais horas
pra alcançar o inatingível.
e me pergunto se o fim do túnel guarda
o que não sei se quero.

serão as gêmeas que moram em mim
que desejam tudo, saber, ter, ser tudo?
e é duro saber o que é meu,
o que faz parte dos desejos de um desconhecido,
de uma desconhecida vida que julgo almejar pra mim.

diante do juiz de paz que me tornei,
sigo a equilibrar os pratos.
e falta o ar, o fôlego...
e meus olhos se cansam de não piscar mais,
de não perder nada.

a sensação é de torpor eterno
porque a mão não alcança nada
numa dormência que só faz crescer.
e tudo está bem diante dos sentidos,
agora estafados.

01 junho 2009

reino da fritolândia

olha, definitivamente, esse não é lugar legal pra ir. mas a gente vai mesmo assim. acho que fazia tempo que não andava por lá, mas continuava ouvindo relatos nada agradáveis de visitas das amigas.

o reino da fritolândia é um país de zero lucidez. e, normalmente, não há razão real para que ele se monte lá, firme e louco. não ligou, não respondeu mensagem? ou por nada mesmo. às vezes, só pela ansiedade de gostar. aliás, ele é um péssimo fruto da nossa urgência e ansiedade.

uma das amigas define o reino da fritolândia como a ilha de lost. um lugar que não faz sentido, que, quando você percebeu, já estava lá e, por mais que você tente, é duro de sair.

eu gosto de outra comparação. pra mim, é como o parque de diversões da história do pinóquio: você sabe que não deveria estar ali – já que tem afazeres. sabe que, no fundo, não é um lugar bom, sabe que é errado estar ali. e sabe que, no final, vai acabar com orelhas de burro.

bem-vindos!

15 abril 2009

como LV em bolsa

[título alternativo: como pakalolo em calça jeans]

você que é mulher e está lendo aqui pode não saber, mas você tem carimbado na testa alguma coisa. ainda não descobri se é uma tinta invisível, em forma de tatuagem, ou alguma cor que se disfarça no espelho... mas está lá. algo que só os homens podem ver. pois é. é claro que eu não vejo e fico só especulando e matutando, tentando descobrir o que está escrito aqui na minha testinha ou simplesmente estampado tipo logo da “louis vuitton” em bolsa, ou “pakalolo” em calça jeans da década de 90.

olha, sei que não é legal, mas está aí. pra quem não acredita, vou falar da minha própria tatoo, porque meu telhado também é de vidro. a princípio, achei que a inscrição fosse “palhaça”, assim de cara, ficava difícil ser outra coisa. eu olhava pra minha vida amorosa e me via como a personagem principal de uma grande anedota!

depois, uma amiga constatou. o que está estampado feito “pakalolo” em mim é “pode”. vou explicar:

- pode te ligar pra gente sair? [pode]
- pode te dar uns beijinhos? [pode]
- pode parar de te ligar? [pode]
- pode te dever dinheiro? [pode]
- pode te enfernizar pelo msn? [pode]

bem, por aí vai, ne... não é assim difícil de entender.

mas também descobri que o sexo masculino também tem tatuado umas coisas. mas mulher tem mania de interpretar tudo e querer ler as entrelinhas. então a gente vê, lê e não entende. exemplo: tem homem que a gente olha e está lá, em letras garrafais: “garoto problema”. o que a gente faz? desconsidera, ou acha que dá pra melhorar.
outro caso bem comum: “fria”... assim tem um monte. você acha que a gente entende? nãaaao! parecemos até analfabetas. vai ver somos, né?

agora eu fico assim, cabreira... olhando e pensando: o que será que está escrito na sua testinha que eu não estou conseguindo ver, hein???

06 abril 2009

resenha

o que vejo são peitos pequenos
e pernas curtas e mais coisas curtas.
me pergunto de onde vem tanta delicadeza,
ou meiguice.
como pode batom vermelho fazer parecer boneca?
era pra ser sexy. ou não?

e o que você vê quando olha?
diminutivos, abreviações,
parte de algo que será adulto,
mulher, mãe, avó.
projeto, esboço, rascunho
que não é revisado, assinado ou concluído.

o que você ouve?
grave, agudo, doce, voraz...
você escolhe 30, 40,
ou fica com a candura?

escolho o que escolhi ser.
onde minhas leves, mas reais, rugas me trouxeram.
tenho história.

03 abril 2009

la em babel

debinha é dona da margô, está de mudança pra londres e é uma lady! tem uma casa que é a cara dela, assim como seu blog!
vale a pena a visita!

http://laembabel.blogspot.com

21 outubro 2008

mr. big serial woman

lendo este post aqui, depois este, constatei que:

1 - é tudo verdade!
2 - sou uma serial mr. bigs woman!

verdade. vou tendo assim, um atrás do outro, desde meus sei lá quantos anos. e acho que, no fundo, eu alimento essas palhaçadas. ok! não acho nada disso palhaçada... na verdade, eu gosto. e acredito que, em parte, esses mr. bigs espalhados por aí (que eu sempre chamei de fantasmas, mas mr. big é um conceito muito mais adequado e divertido) são um jeito que a gente encontra de se sentir um pouco mais viva.
acho indispensável momentos e namoros leves, que não te privam a respiração, nem a concentração no trabalho. e já tive alguns assim, terra firme.
mas, de tempos em tempos, não dá pra não achar a melhor coisa do mundo a barriga esfriar, a mão tremer, taquicardia, os ataques de ansiedade (vide celinha). daí, vão aparecendo os mr. bigs e a gente vai gostando... vai alimentando... e vai sofrendo. ê beleza!!! (digo por mim, ô eu que gosto de sofrer, de um draminha)
daí, um dia canso e volto a querer um porto seguro. que pelo menos deixam a gente trabalhar, né?

08 outubro 2008

quero ser cachorra


eu faço academia. eu confiro quantas celulites eu tenho e me olho muito no espelho. se eu disser que não ligo pra minha bunda caindo, estou mentindo. trabalho a beça, sou competente, mas, como diria minha amiga marla, bom mesmo é ser cachorra. pois é, gente!
e, diante desta declaração, este post aqui diz tudo e um pouco mais.

"porque a gente não quer ser feliz, a gente quer ser feliz e gostosa."

02 outubro 2008

autotraição


me peguei pensando na certeza absoluta de que ele me amava. senão não havia motivo pra ter falado sobre mim com tanto carinho pra alguém tão importante na vida dele. e quis ser honesta, botar as cartas todas na mesa, me expor pra poder viver o grande amor que eu tinha certeza que seria pra sempre. teríamos filhos e visitaríamos a casa da minha mãe como uma grande família feliz.
mas pra isso eu preciso abrir meu coração e esclarecer que o desencontro foi um grande desencontro e sugerir que deixemos o passado pra trás pra podermos ser felizes pra sempre.

aí, por obra divina, lembrei que estava de tpm, primeiro dia de menstruação e falei pra mim mesma: "nada do que você pensar nos próximos 3 dias é confiável. não dê crédito às suas conclusões e de forma alguma confie em qualquer julgamento até a próxima segunda-feira."

30 julho 2008

cabecinha de uma anônima


"é melhor ficar com a tv desligada. ai meu deus! porque os vizinhos insistem em gritar. num preciso de tv ligada pra saber quando acaba o primeiro e muito menos o segundo tempo. ele vai pegar engarrafamento. aquela avenida sempre fica lotada. é. realmente o transito lá é pesado. 40 minutos de tolerância. e se nesse tempo ele não ligar? ok, sem problemas. é só continuar com o plano inicial. não ligue mais. azar! se ele não ligar é porque será melhor assim. aí a vida segue normal. sem dificuldades. 60 minutos além da tolerância. num é possível que ele não ligará. num tem engarrafamento que perdure isso tudo. já ta quase começando o fantástico. telefone. putz, agora num tem jeito. e o cinema com a amiga? mas e se ele ligar depois de ter saído pro cinema? ok. ë só ligar e perguntar. mas e se ele num atender? ok, ok! tem que ser agora. telefono: “ei! e aí como foi o jogo?”

afinal, tem 38 dias que estão nessa. logo, nenhuma cobrança é pertinente. ai ai. mas e se mandar uma mensagem e ele não responder? caaaaaaalma. as ultimas que foram enviadas, foram respondidas em tempo hábil. tem até aquela que foi enviada durante o jogo e ele respondeu na mesma hora. ok. ele num ficará sem responder. aliás, pelo menos é melhor pensar assim. então vai lá: “ei! tô com saudades. como você está?” ai que ansiedade. cronômetro correndo, celular checado de 3 em 3 minutos. em pouco mais de 20 minutos chega a resposta. vamos ver se a história evolui. mas como? se ele num convida, vou ser mais incisiva. vou propor duas opções de data e vamos ver se responde. “vamos nos ver na terça ou quarta depois da sua aula?” 10...15... 50... 1000 minutos sem resposta. num é possível. ele num vai responder? ele pode num ter recebido. essa operadora deve estar doida. mas e se recebeu e num quer responder mesmo. de repente é um sinal. ele está me cortando. queimou no golpe!!!! não quer me ver mais e nem pra ter coragem de falar. é por isso que num responde.

tenho certeza que ele não atenderá ao telefone. é melhor ligar de outro número. nãaaaaaao! pára com isso! depois vai ficar achando que ele só atendeu porque não era o seu número. então ta decidido. ligar do número que ele tem armazenado e seja o que deus quiser."


srta saco de filó

13 julho 2008

mulherzinha

estou a menos de uma semana do meu aniversário e esta nunca é uma data muito confortável. quem não acredita que me desculpe, mas fico em inferno astral. achei que não teria este ano, mas cá estou. o bom é que sei que em menos de uma semana, vai passar e eu volto a ser eu mesma. esperançosa e crédula.
fico repetindo aos quatro ventos que quero, um dia, ter família, com marido, filhos, casinha...etc: pacote completo. mas, nesses dias difíceis, tenho estado amedrontada, com a idade, com o tempo que tenho, com o quanto ainda a ser feito. e sempre me convenço que tenho tempo. e digo que tenho tempo a tanto tempo.
e aí, abro a veja especial mulher, de maio deste ano, e vejo uma reportagem falando de filhos e que como é melhor pra mulher, para o filho, para a gravidez, que esta aconteça antes dos 35 anos.
e me pego, como tantas mulheres que já critiquei, aflita pra que tudo aconteça. patética. sem saber a direção ou as vontades certas. uma mulherzinha com tanto a fazer.

10 julho 2008

psycho

outro dia, numa saída, fui abordada por um rapaz sem que eu sequer tivesse olhado pra ele. antes que alguém me julgue de chata ou cri-cri, não costumo gostar de homens que chegam sem mais nem menos. gosto de escolher, isso me deixa confortável e paquerar é algo que sei fazer.voltando ao assunto, por mais que eu fosse monossilábica ou não me demonstrasse nada interessada em saber da vida dele, ele não saía de perto (desculpe ser tão direta, mas tento falar aqui como falo com minhas amigas, sem cerimônia). não deixava eu conversar com minhas amigas, queria saber de coisas da minha vida e me dar conselhos. dizia que tinha gostado muito de mim... o que me deixa embasbacada porque esta pessoa em questão não me conhecia. podia ter me achado bonita, gostosa, achado o batom vermelho bacana, mas definitivamente, não me conhecia.meu erro foi, não sei se por carência, por ter alguém ali, me elogiando horrores, ou se por pura falta de tato e prática, dei meu telefone e daí, ele me largou. ali, naquele dia.bem, depois disso, eu não tive mais sossego. me ligou, mandou inúmeras mensagens, querendo almoçar, saber onde eu trabalho, querendo me entregar um presente... presente???? só eu acho isso muito bizarro?sei que, além de não ter gostado do cara, fiquei com medo, achando a pessoa meio psicopata... tipo cismou comigo! e aí, fiquei me perguntando, se estou um tanto calejada demais. se deveria me sentir lisonjeada com tamanha atenção. me assusta ficar assustada com esse tipo de coisa. ou se é realmente meio doentio essa pessoa me achar o máximo dos máximos sem ter uma conversa real comigo sequer.

depois de dias, voltei a ler esse texto e minha opinião ainda é a mesma. doido.

17 junho 2008

indignação - volume II


este post é o segundo da série. ele nem era previsto desse jeito, mas aconteceu hoje de manhã e foi sensacional!

hoje uma senhora de 88 anos na padaria e ela veio conversar comigo, dizendo que estava morrendo de frio. olhei bem pra ela. pequena e magrinha, miúda mesmo! cachecol, trenchcoat, maquiagem toda borrada porque ela não deve enxergar direito mais. mas maquiada às 8h da manhã, tomando um café com leite na padaria.

ela comentou do frio e me perguntou se eu era casada. eu disse que não. daí ela falou que, então, talvez eu não entenderia. que o marido dela nem ligava se ela estava com frio, que, apesar dele ser mais velho, ele era homem e ela era muito pequena e magra, então devia cuidar dela. mas que, ao contrário, quando ela reclamava, ele dizia que também estava e que: fazer o que, né?

fico pensando o quanto ela estava indignada com essa história pra desabafar com estranhos na padaria. claro que imagino que o marido deva ser um velhinho bem velhinho também morrendo de frio. mas sou daquelas que acha que mulher não pode coçar o saco e que homem tem que ser meio protetor, tem que cuidar... nem que seja pra manter alguma diferença entre os sexos.