12 junho 2009

problemão

muitas vezes ouvi uma amiga dizer que ficar bêbada é foda porque instantaneamente ela ficava rica!

pois é. no meu caso o problema duplica: é só beber que fico rica e magra!

08 junho 2009

estação

teria que viver mais algumas vidas
alguns dias que teriam mais horas
pra alcançar o inatingível.
e me pergunto se o fim do túnel guarda
o que não sei se quero.

serão as gêmeas que moram em mim
que desejam tudo, saber, ter, ser tudo?
e é duro saber o que é meu,
o que faz parte dos desejos de um desconhecido,
de uma desconhecida vida que julgo almejar pra mim.

diante do juiz de paz que me tornei,
sigo a equilibrar os pratos.
e falta o ar, o fôlego...
e meus olhos se cansam de não piscar mais,
de não perder nada.

a sensação é de torpor eterno
porque a mão não alcança nada
numa dormência que só faz crescer.
e tudo está bem diante dos sentidos,
agora estafados.

01 junho 2009

reino da fritolândia

olha, definitivamente, esse não é lugar legal pra ir. mas a gente vai mesmo assim. acho que fazia tempo que não andava por lá, mas continuava ouvindo relatos nada agradáveis de visitas das amigas.

o reino da fritolândia é um país de zero lucidez. e, normalmente, não há razão real para que ele se monte lá, firme e louco. não ligou, não respondeu mensagem? ou por nada mesmo. às vezes, só pela ansiedade de gostar. aliás, ele é um péssimo fruto da nossa urgência e ansiedade.

uma das amigas define o reino da fritolândia como a ilha de lost. um lugar que não faz sentido, que, quando você percebeu, já estava lá e, por mais que você tente, é duro de sair.

eu gosto de outra comparação. pra mim, é como o parque de diversões da história do pinóquio: você sabe que não deveria estar ali – já que tem afazeres. sabe que, no fundo, não é um lugar bom, sabe que é errado estar ali. e sabe que, no final, vai acabar com orelhas de burro.

bem-vindos!