24 fevereiro 2006

thriller


não entendo mais o que se passa com as pessoas. não sei ser falsa, nem hipócrita. se não quero sair, não saio. não sei retribuir um “estou apaixonado por você” se essa não é minha verdade no momento. não sei dizer “meu amor”, se meu sentimento não é, no mínimo, perturbador.

tenho aprendido a não esperar das pessoas o que eu quero e sim, no máximo, o que elas podem me oferecer. tento ser honesta com todo mundo e o mais franca possível. mas é incrível. algumas pessoas teimam em querer e esperar e COBRAR de você o que elas estão acostumadas a ter dos outros. (só pra constar, ne?! porque eu acho que está difícil de entender: se não me conhece, não finja me conhecer).

homens que já encheram suas namoradas de chifres, de humilhações e outras “cositas” mais enviam emails repletos de cobranças, cometendo os absurdos de PERDOAREM suas ex por sei lá o quê. ou se mostram chateados apenas pelo fato delas não serem tão crianças ou tão loucas ou tão atormentadas quanto eles. porque, afinal, pessoas doidas gostam de “esquizofrenizar”. ou homens casados, com filho, pra quem você deu uma vez só, há milênios tem a coragem de dizer que não é feliz com a mulher e que você é tudo que ele sempre quis. que se arrepende do pé na bunda do passado.

queria ser mais doida e carregar um monte de gente comigo. ora, vai te fudê!

(peço desculpas aqui aos meus queridos freqüentadores do blog pela quantidade de palavrões soltos por aqui recentemente)

22 fevereiro 2006

e viva o ditado popular!


é pra se envergonhar. você sempre tão livre dos preconceitos. sempre aceitando tudo de cabeça aberta, sem se assustar com nada. e o maior teste de todos. a maior rasteira de todas. nada melhor.

no meio de tantos “moços bobos”, cultos e cheios de graduações, uma surpresa cheia de delicadezas, cuidados, atitudes viris. cheio de desejo, escancarado, como a primeira abordagem despretensiosa!

e não há medo de que se assuste ao primeiro sinal de independência! porque antes disso, o que surge é a admiração, o elogio! o mínimo: para o ego, a auto-estima, o corpo saudoso, as noites de sábado.

menos inspiração, mais transpiração


ao fundo: “esquece o nosso amor, vê se esquece/ pq tudo no mundo acontece./ e acontece que já não sei mais amar assim./vai chorar, vai sofrer. e você não merece. mas isso acontece!”

_ imagina a loucura desse homem quando compôs essa música?
_ se alguém fizesse essa música pra você, você casava na hora, né?!
_ que? que nada! eu ia corre que nem diabo da cruz...
_ ah... aposto que casava em menos de 24h.
_ eu ia achar que ele era doido, psicopata! você não está entendendo o tamanho do calejo! [risos]
_ sério? é. não dá mesmo pra entender as mulheres. fazer o que, né?! difícil com elas, mas impossível sem elas...
_ [risos]... e olha que eu sou a mais romântica de todas nós!
_ [???] [olhares confusos]
_ [beijo que diz: não se preocupe... está tudo bem]

realmente: o mundo está perdido e estamos todas loucas! ainda bem...

08 fevereiro 2006

só pro meu prazer


sentimentos nobres são ótimos. fazem com que você se sinta bem consigo mesmo, te fazem uma pessoa melhor. além de, teoricamente, garantirem um lugar melhor depois de morrer. só que nobreza passa longe do prazer, sensação indispensável nesses dias de “olho por olho”.

e quando a oportunidade do prazer aparece, só resta aproveitar, pensar só em si mesmo e ficar se deleitando com a conquista. ou você prefere ser passado pra trás? feito de bobo mais uma vez?

o quê? namorado ainda amado procurar a ex só pra dar uma trepadinha? tem que levar catracada. passar vontade enquanto ela passa o sabão. toma distraído!

06 fevereiro 2006

prefácio


ansiedade é péssimo. faz a gente tentar ficar vivendo um passo a frente, sem olhar ou provar as delícias do presente. há que sempre cuidar para que ela não roube os momentos de espera, de passo lento, de plantio...

***

e ela insiste em tentar achar os homens de sua vida. e se angustia se os sinais não são óbvios demais. se a sutileza, o cuidado, o cavalheirismo são as palavras de ordem por agora. e ela permanece brigando consigo mesma, para que consiga aproveitar o ritmo compassado da novidade, sem atropelar os acontecimentos. sem querer viver tudo de uma vez, em segundos.

conselhos: aproveite o braço mais apertado na cintura. o ritmo acertado, sincronizado da dança. as conversas ao pé do ouvido. os frios na barriga adolescentes (assim como a mão trêmula só de olhar). a relutância em olhar nos olhos. o aperto na mão que guia o compasso. as dedicatórias disfarçadas. os encontros marcados veladamente. os assuntos em comum. os sorrisos encantadores. e aguarde que tudo tenha seu tempo. e suspire, como sempre.